Violência Urbana

O post de hoje é bem do nosso cotidiano. Violência, que antes era vista com pavor e pânico, e que hoje parece que as coisas se tornaram “normais” para boa parte da sociedade. Não estou me referindo a parte hipócrita de alto nível não, até porque essa  gente acha sempre está seguro, pois tem segurança 24hrs, casas com cercas elétricas e quando algo de muito grave acontece, a mídia está lá, presente pra fazer do ocorrido a maior e pior tragédia do País. Me refiro à massa que rala pra sobreviver, pra ter e ser e que em questão de segundos ver tudo se perdendo. Pessoas como eu, você, que estuda, trabalha, sonha com um futuro, tem amigos, dá valor ao dinheiro suado..e de repente ver vidas sendo tiradas, seja por qualquer motivo.. fútil. Vidas estiradas no meio de uma rodovia, praça, calçada..escola, como se fossem troféus de pessoas de má conduta. E o pior, é ver em volta pessoas que não se mostram nem um pouco horrorizadas com o fato, pessoas que se aglomeram apenas pra ver um corpo sem nenhum pouco de indignação. Não os culpo por essa atitude, é que realmente certas ações e acontecimentos viraram “rotinas”.

Hoje não existe mais diálogo. Mata-se por tudo e tão pouco. A vida perdeu o valor que tinha. Não se ver mais as pessoas chorando de felicidade por alguém que nasceu. Vêem-se pessoas revoltadas, indignadas com a impunidade. Nossas leis ultrapassadas não conseguem mais conciliar seu tempo de uso com o avanço da sociedade. E ai, tudo se complica.

Todo dia sai uma manchete “suja de sangue”. É o nosso cotidiano agora. É um mal que assola todo tipo de classe. E não estou me referindo apenas violência praticada por armas de fogo, objetos pérfuro-contundentes etc. Refiro-me a tudo que dá causa a esse ato. Drogas, brigas de trânsitos, crimes passionais, pessoas embreagadas, jovens sendo usados para o crime...enfim. Ao meu ponto de vista a violência começa daquilo que chamaríamos de Educação no sentido realista. Não adianta fazer políticas pra melhoria de infra-estrutura escolar, colocar crianças, jovens e adolescentes nestas, e aprender apenas que A + B vai se igual a C. Educação precisa ser entendida também como respeito, compaixão, saber ser humano.  Ou muito menos fazer mega operações convocando toda a força policial do País, fazendo com que programas de TVs façam parecer, gravações de cenas de filme de Hollywood. E também de que adianta toda esse circo montado, pra meses depois ver aqueles que foram presos fazendo coisas erradas, soltos.. ou presos de forma desumana? Ah, é a ressocialização.  No Brasil!

Indaga-se: Aonde vamos parar? Vamos ter que viver em casulos? Enjaulados? Você que é mulher e sonha em ser mãe, tem coragem de colocar um filho no mundo pra te tirarem, sem motivo algum? Ou vamos ter que nos basear em dados de um certo filme que fala de política criminais? De milícias? De corrupção? Homens de preto... Caveira! Será mesmo que é tudo ficção? Até quando vamos aturar que aqueles que nos representam continuem de braços cruzados, muito deles fazendo uso e abuso do dinheiro público, enquanto várias vidas são interrompidas? Ou vamos esperar que um ‘louco’ se vista de forma estranha, apanhe suas armas e mate todos que achar necessário? Nós sabemos que tudo começa porque boa parte da sociedade é desigual. Salário mesquinhos que mal dá pra pagar a feira do mês. Não justifico aqui que pra isso temos que matar, roubar. Mas se as coisas fossem mais iguais muitas situações seriam evitadas. O problema começa de cima, bem de cima.

Temos sim um modo de escolher não viver mais assim. Basta que cada um diga:” Eu cansei de viver numa sociedade cheia de hipocrisia.” Chega de ver tanto sangue.  Existem inúmeras idéias e projetos para erradicar a violência urbana, porém cabe a cada cidadão a tarefa de ser auto-analisar e tentar eliminar esse mal que assombra a todos nós e tudo seja suprimido pela raiz.

É questão de opinião, e eu dei a minha. Sugira a sua. Vamos mudar. O Brasil é muito mais do que armas, sangue e drogas. Ele é verde pelo brilho da natureza abrangida, amarelo por ser tropical..e pode ser branco se você também quiser PAZ.

Por Géssica Fong - @questão_opiniao